As consequências do novo marco legal do saneamento para a Corsan foram abordadas pelo diretor-presidente da Companhia, Roberto Barbuti, na noite desta quarta-feira (2). O executivo foi o entrevistado do programa “Pensando o Brasil”, do canal Ceiri News, no YouTube. Com apresentação de Armeni Santos e Marcelo Suano, a live teve como tema “O futuro do saneamento básico no Brasil”.

Ao contextualizar o setor de saneamento no país, Barbuti afirmou que os temas sanitários ganharam uma priorização inédita no Brasil: “a pandemia e a preocupação ambiental catalisaram a cobrança da população a respeito do saneamento, formando uma pressão crescente para que haja uma evolução rápida nesse tema. Essa é a linha do novo marco, que representa um desafio e uma oportunidade”. O dirigente salientou que o foco colocado pela legislação é a universalização dos serviços de água e esgoto, a redução de perdas e a busca por mais qualidade, eficiência, modicidade tarifária e segurança regulatória. Frisou ainda que um dos desafios é a necessidade de aditivação, até março de 2022, dos contratos vigentes com os municípios, os quais representam o poder concedente do saneamento.  

O presidente salientou que o novo marco impõe a adoção de mudanças substanciais: “para cumprir as metas, a Corsan precisa investir cerca de R$ 10 bilhões até 2033. Isso torna necessário triplicar nosso volume anual de investimentos. As fontes tradicionais de financiamento, como BNDES e Caixa Econômica Federal, se esgotaram. Precisamos diversificar as fontes de recursos e entregar obras de qualidade em prazos curtos. Não se pode esperar resultados diferentes tomando as atitudes de sempre”. É nesse contexto, conforme Barbuti, que surgem as parcerias público-privadas e a proposta de privatização da Companhia: “anunciada pelo governo do Estado, nosso acionista majoritário, a privatização se apresenta como uma solução que gera resultados positivos tais como benefícios para a saúde pública e maior flexibilidade para a Corsan viabilizar suas entregas”.

De acordo com o gestor, a legislação do setor deve ser cumprida levando em consideração a realidade de cada Estado brasileiro e, que no caso do Rio Grande do Sul, a Companhia está endereçando esforços também para a solução individual de limpezas de fossas, por meio do programa SoluTrat. Barbuti ainda respondeu perguntas do público que assistiu à live, a qual está disponível no link bit.ly/2SPxvKG.