Presidente da Corsan debate ESG no South Summit

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Presidente da Corsan debate ESG no South Summit
Presidente da Corsan debate ESG no South Summit

Nesta sexta-feira (6), último dia do South Summit, o diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti, foi um dos convidados do painel “Tecnologia e ESG”, realizado no espaço The Next Big Thing. O encontro discutiu práticas inovadoras no âmbito das ações de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês).

Em sua participação, o diretor-presidente salientou a importância da licença social para operar. “O setor de saneamento está se transformando, e nesse novo cenário a Corsan quer ser protagonista e não ficar para trás, por isso a Companhia está passando por um processo de transformação. E nesse contexto de mudança, em que a inovação tem papel central, é fundamental a licença social para operar, sem a qual o nosso negócio não tem sustentabilidade. Para atingir essa licença, é preciso analisar diversos aspectos: ambientais, de serviços ao cliente e tarifários, com a adoção de muita tecnologia e metodologia”, destacou.

O gestor disse que o tema da ESG integra de forma natural a área de atuação da Corsan. “O saneamento é ESG na veia, e nesse sentido a Companhia desenvolve diversas iniciativas, como o ERP, que estamos implantando com o apoio da Meta, para fortalecer o pilar da governança”, afirmou, ressaltando também que a empresa investe no uso de tecnologias para aumentar a produtividade e qualificar a prestação de serviços.

Barbuti elencou os projetos ETA 4.0 e Poço 4.0, SoluTrat, medidores inteligentes e a Parceria Público-Privada (PPP) da Região Metropolitana (realizada junto com a Ambiental Metrosul) como exemplos de iniciativas de inovação – além do programa UniverTech Corsan, pelo qual, conforme o dirigente, “a Companhia atua como um acelerador, em parceria com universidades, buscando soluções práticas que tragam ganhos efetivos para os serviços prestados ao nosso cliente”.

Para o presidente, a aplicação de ações ESG precisa ter significado corporativo e social. “Dentro da parceria que firmamos com a IFC, do Grupo Banco Mundial, uma das prioridades é o combate ao greenwashing, o que está muito alinhado à nossa visão de que ESG não seja mera ferramenta de marketing. Por ser o saneamento um monopólio natural, o senso de propósito deve estar muito claro para todos os que constroem a empresa no seu dia a dia. Precisamos compreender bem de que forma o que fazemos melhora a vida do usuário e da sociedade como um todo”, frisou.

Também participaram do painel representantes de outras entidades, todas parceiras de negócio da Corsan: Susana Cordeiro Guerra, sector manager – Institutions for Development do BID; Angelo Augusto Mendes, diretor-presidente da Ambiental Metrosul; e Telmo Costa, fundador e CEO da Meta. Mediou o painel Márcia Capellari, do Instituto Aliança de Inovação Empresarial, ICT Inovação Aberta PPG IMED e Semente Negócios.

Ações inovadoras

Na sequência o diretor Comercial, Inovação e Relacionamento, Jean Bordin, representou a Corsan no painel “Água, Saneamento e Higiene”, no espaço Demo Stage. Ele falou sobre os desafios e projetos da Companhia no que se refere à inovação. “Para uma empresa que tem estrutura estatal e que faz parte de um setor conservador como o de saneamento, inovador é desafiador. A expectativa dos clientes aumentou em todos os setores, inclusive no de utilities. O nosso propósito é agregar as melhores tecnologias para atender cada vez melhor o nosso cliente”, salientou.

De acordo o diretor, a Corsan tem trabalhando forte em iniciativas que buscam aprimorar o negócio da Companhia e a sociedade como um todo. “Como empresa de saneamento, temos papéis fundamentais, e um deles é desenvolver o ecossistema de inovação ao nosso redor. Nos últimos dois anos, a Corsan investiu mais de R$ 25 milhões em projetos de inovação. Somos a estatal gaúcha que mais acelera”, destacou Bordin.

O diretor contou que o período pandêmico acelerou o processo de digitalização dos serviços da Companhia. “A pandemia nos ensinou muito, pois do dia para a noite tivemos que repensar os serviços. Implantamos, por exemplo, o agendamento para atendimento presencial, o que permitiu à empresa manter os seus escritórios abertos ao público. Hoje a Corsan é a única empresa de saneamento do país com 100% dos serviços digitais”, sublinhou. Bordin informou que a Companhia realiza prospecção de ideias por meio de desafios com universidades e de editais de licitação e que, no âmbito do programa UniverTech, 70% dos recursos destinados são para saneamento e os 30% restantes para o desenvolvimento de soluções regionais. “Com a união entre o estatal, o privado e as universidades, todo mundo ganha”, ressaltou.

Mediado pelo engenheiro Silvio Renato Siqueira, da Sabesp, o painel também contou com a participação de Gustavo Rafael Collere Possetti, Gerente de Pesquisa e Inovação da Sanepar, e Fabricio Lira, diretor de Ecossistemas da IBM.