O diretor-presidente Flávio Ferreira Presser, da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), foi palestrante na manhã dessa terça-feira, 15, no Encontro de Organismos da Igreja Católica do Rio Grande do Sul, realizada na Casa de Retiros Vila Bethânia, em Porto Alegre. Em sua manifestação, o dirigente da Corsan apresentou dados do saneamento básico no mundo, no País e Estado, destacando que a água é um bem essencial cada vez mais escasso e mal distribuído. “As projeções da ONU indicam que em 2030, teremos mais 2,5 bilhões de habitantes do planeta, o que vai aumentar em 40% o consumo de água”, informou Presser ao arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, e autoridades católicas das 18 dioceses que fazem parte da estrutura da Igreja Católica no Estado.
No que diz respeito à Corsan, o dirigente ressaltou que o planejamento estratégico da empresa definiu investimentos na manutenção da universalização do acesso à água tratada, hoje disponível a mais de 99% da população urbana, e elevação do atendimento ao esgoto coletado e tratado para 30%. Outro aspecto ressaltado por Presser destaca que “a tarifa não pode comprometer o acesso à água tratada, e que as empresas tem que cumprir uma rígida legislação para os padrões de potabilidade. Com isso devem oferecer um produto de alta qualidade a preços baixos, o que é um desafio”. Com relação a expansão dos serviços de esgotamento sanitário, o presidente da Corsan disse que há muito o que fazer, porém a falta de consciência de boa parcela da população, impede que os benefícios da existência de sistemas de coleta e tratamento de esgotos resultem em melhorias ambientais imediatas. “Na região metropolitana temos 60 mil ligações factíveis de esgotos, de residências onde há rede coletora nas vias, mas as pessoas não se ligam para fugir da tarifa. O resultado disso é a contaminação da natureza”, alertou Flávio Presser. Ele destacou também a atuação dos organismos de controle social, onde a Igreja tem o seu papel.