Setenta e cinco fornecedores, na maioria de segmentos relacionados à construção civil, participam na tarde desta quarta-feira (25) do Encontro de Oportunidades da Corsan na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). O objetivo do evento é apresentar atualizações na gestão e sistemas da Companhia, orientando sobre como realizar o cadastro no Portal de Fornecedores da Aegea e habilitar as empresas a participar de concorrências para fornecer materiais e serviços para a Corsan.
Após a realização do cadastro no site e aprovação pela área de Integridade da Companhia, as empresas ficam aptas a apresentar propostas técnicas e comerciais à Corsan em concorrências de materiais e serviços na sua área de interesse.
De acordo com a diretora administrativa do Grupo Aegea, Cláudia Piunti, a Corsan atende à legislação e melhores práticas aplicáveis à iniciativa privada após desenquadramento da Lei das Estatais, o que contribui para dar celeridade aos processos internos da Companhia. “A parceria com fornecedores é estratégica para alcançar nosso propósito de trazer inovação e investimentos para o Estado com a velocidade que a universalização do saneamento exige. O cadastro e aprovação nos conecta a quem tem expertise, qualidade técnica e tem condições de apresentar o melhor custo-benefício para nossas entregas”, define.
Para o vice-presidente de Operações Regionais do Grupo Aegea, Leandro Marin, a seleção de fornecedores contribui para a consolidação de um fast track que pode acelerar obras e projetos no Estado. “O Rio Grande do Sul é, historicamente, um polo robusto da construção pesada e infraestrutura, com muitas empresas bem estruturadas. Então acreditamos que vamos conseguir mobilizar esse mercado, principalmente com empresas locais, para que a gente avance nesse projeto de grande magnitude que é a universalização do saneamento gaúcho”, pontua Marin.
EMPREGOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO SANEAMENTO
Cerca de 47,2 mil empregos devem ser gerados, anualmente, em todo o Rio Grande do Sul, fruto dos investimentos destinados à universalização dos serviços de saneamento básico nos municípios sob operação da Corsan. Destes, 5,3 mil são postos de trabalhos diretos, criados nos setores de construção civil e de máquinas e equipamentos; aproximadamente 31,4 mil são indiretos e 10,4 mil são induzidos. A projeção é de um estudo encomendado pela Aegea ao Instituto Trata Brasil e realizado em parceria com a consultoria GO Associados.
Além dos efeitos sobre o mercado de trabalho e sobre os indicadores de qualidade de vida e produtividade econômica do Estado, a desestatização da Corsan vai promover, em média, cerca de R$ 3 bilhões de oferta adicional, anualmente, ao PIB gaúcho, somando R$ 33 bilhões no período de 10 anos.
CADEIA PRODUTIVA DO SETOR
As mais diversas indústrias serão positivamente afetadas pelo pacote de investimentos associado à universalização do saneamento nos 317 municípios atendidos pela Corsan. A mobilização de recursos ativa os mais diversos multiplicadores da economia, distribuídos entre todos os setores, e impactando de forma especial o setor da construção civil.
A construtora contratada para realizar as obras de saneamento, por sua vez, compra materiais de construção e contrata serviços de outas empresas. Isso envolve o pagamento de fornecedores antes e durante a realização das obras. O volume de recursos pago aos fornecedores e terceiros sustenta de forma indireta empregos e renda na cadeia produtiva da construção. São, por exemplo, os empregos gerados na indústria de materiais de construção ou nos escritórios de engenharia e arquitetura.