Corsan chega ao primeiro mês com nova gestão e intensifica trabalhos do plano de 100 dias

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Novas bacias para tratamento de esgoto em Xangri-lá
Novas bacias para tratamento de esgoto em Xangri-lá

Na última semana completaram-se 30 dias de operação da Corsan tendo como novo controlador a Aegea. No período, a Companhia concentrou sua atuação e investimentos na continuidade da prestação de serviços, promovendo uma série de melhorias e revitalização da infraestrutura operacional da Companhia, além do plano prioritário de 100 dias, que contempla intervenções nos 317 municípios atendidos pela empresa, visando a qualificação dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto no Estado. Em torno de 43% das 356 intervenções previstas estão em andamento e outros 10% já foram concluídos.

Nesse sentido, importantes frentes de trabalho foram iniciadas neste primeiro mês e que resolverão, em curto prazo, problemas de desabastecimento nos municípios. Mais de 50 km de rede receberam intervenções (extensão, manutenção e substituições); trabalhos em sete mil metros de adutoras de água; melhorias em 40 reservatórios e intervenções em 60 poços (recuperações estruturais, novas perfurações, etc). Ainda, a fim de garantir segurança na operação, bem como qualidade e eficiência no atendimento e prestação de serviços à população, os investimentos iniciais também tiveram como foco principal a substituição e modernização de equipamentos, manutenções em estações de tratamento de água e de esgoto, em unidades operacionais e outras estruturas fundamentais ao sistema.

“Seguimos trabalhando fortemente para aprimorar a qualidade e eficiência da nossa prestação de serviços e atendimento à população. Nesse primeiro mês já conseguimos destravar alguns processos, tornando mais ágil a execução dos trabalhos programados. E essa intensidade será mantida ao longo dos próximos meses para cumprirmos a entrega, em outubro, de todas as intervenções previstas no plano de 100 dias”, comenta o vice-presidente de Operações da Aegea, Leandro Marin.

Uma das prioridades da Companhia, o Plano Litoral, desenvolvido para suprir a deficiência – agravada durante o veraneio – de saneamento básico na região, também contou com avanços importantes. Em Capão da Canoa, no litoral norte, melhorias na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Guarani, bem como a proteção do Arroio Pescaria e a execução de emissários, desde a ETE Guarani até a ETE II de Xangri-lá permitiram ao município a retomada de novas construções verticais e horizontais. Suspensas desde 2018, as obras estavam relacionadas às adequações necessárias ao sistema de esgoto cloacal da cidade. Já em Xangri-lá, quatro novas bacias para tratamento de esgoto foram construídas, possibilitando a conexão à ETE 2 de 863 novos pontos. Dessa forma, a Prefeitura Municipal poderá novamente emitir alvarás de novas construções. O município estava com o segmento praticamente parado desde dezembro de 2021 em função de problemas nas estações de tratamento de esgoto (ETE 1 e ETE 2), que não comportavam a demanda da cidade.

Em paralelo, a Corsan, com a nova gestão, já deu início ao programa de universalização da cobertura do sistema de esgotamento sanitário, considerado o principal investimento da Companhia para o Estado. Esse eixo de atuação vai ampliar os atuais 20% de cobertura (média atual dos municípios) para 90% até 2033, cumprindo com as metas determinadas pelo marco do saneamento. Alguns projetos estão sendo reavaliados e remodelados e novos estudos estão em desenvolvimento para que as obras possam iniciar nos próximos meses, sendo acelerados, gradativamente, para o cumprimento da meta em 10 anos. Neste primeiro mês, a empresa também retomou e está terminando uma série de obras e intervenções que foram iniciadas – e estavam paralisadas – para que as estruturas estejam em operação o mais breve possível.

Esforços também foram concentrados junto aos mais de cinco mil colaboradores da Companhia. Desde a fusão entre Corsan e Aegea, representantes das duas empresas estão mobilizados, percorrendo todas as unidades pelo Estado para conversar com as equipes, esclarecendo dúvidas e aproximando a nova gestão e os profissionais. Assuntos como plano de saúde, contratos de trabalho, compliance e integridade estão entre os temas mais abordados nas conversas, que buscam apresentar para todos as adequações necessárias ao novo momento da nossa empresa.

Conforme a presidente da Corsan, Samanta Takimi, “os primeiros 30 dias tiveram como foco as pessoas e a entrega de demandas imprescindíveis para a continuidade qualificada e segura dos serviços. Assim, com diálogo e empenho conseguimos mostrar o valor da união das empresas em benefício da sociedade gaúcha”.

Adequação de contratos garantem quase R$ 300 milhões de investimentos a municípios

Outro aspecto importante a ser destacado no período foi a assinatura de aditivos de contratos com oito municípios, garantindo investimentos da ordem de R$ 295 milhões para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário e revitalização e manutenção do sistema de abastecimento de água. Os prefeitos de Butiá, Charqueadas, General Câmara, Sertão, Pinheiro Machado, Inhacorá, Erval Seco e São Martinho foram os primeiros a assinarem, junto à nova Corsan, o aditivo contratual que adequa a prestação de serviços de saneamento básico nessas cidades às exigências do Marco Legal do Saneamento Básico. O contrato inclui, além da extensão do prazo da prestação de serviços da Corsan até 2062, metas quantitativas de não intermitência do abastecimento, de redução de perdas e de melhoria dos processos de tratamento.

INVESTIMENTO PREVISTO ATÉ 2033, POR MUNICÍPIO

Butiá: R$ 94 milhões

Charqueadas: R$ 105 milhões

General Câmara: R$ 23 milhões

Sertão: R$ 22,25 milhões

Pinheiro Machado: R$ 7,5 milhões

Inhacorá: R$ 5 milhões

Erval Seco: R$ 14,5 milhões

São Martinho: R$ 23 milhões

Equipes da Companhia também se mobilizaram no enfrentamento ao último ciclone que afetou fortemente algumas regiões do Estado, instalando geradores e disponibilizando caminhões-pipa a fim de garantir o abastecimento nos municípios atingidos pelo temporal e, consequentemente, com a falta de energia elétrica.