ATUALIZAÇÃO CORSAN DAS CONDIÇÕES DE ABASTECIMENTO – 8h30

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Abastecimento Caminhão-pipa
Abastecimento Caminhão-pipa

O boletim do Centro de Operações Integradas (COI) da Corsan emitido às 8h30 deste sábado (4) relata que, nesta madrugada, as Estações de Tratamento de Água (ETAs) e Esgoto (ETEs) da Região Metropolitana foram atingidas pelas cheias e estão paradas. A única ETA em funcionamento na região, neste momento, é a de Gravataí. Até que o nível das águas baixe, não há previsão de retomada dos serviços.

Equipes da Corsan trabalham em força-tarefa ininterrupta para tomar soluções emergenciais imediatas. Para intensificar os esforços, o Grupo Aegea está trazendo técnicos em eletromecânica de outras unidades do país para auxiliar no reparo dos equipamentos danificados pelas cheias.

As cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Sapucaia e Viamão estão 100% desabastecidas. Somente Guaíba, Eldorado e 50% de Gravataí seguem com fornecimento de água no polo metropolitano, o que significa que 423 mil imóveis foram afetados com a interrupção do serviço na região. Recomendamos o uso prioritário da água para serviços básicos, já que haverá racionamento.

Diante da severidade do desastre climático em todo o Estado, um total 64 de municípios estão desabastecidos em todo o Estado, interrompendo o fornecimento de água em 860 mil imóveis. Destas, 43 cidades estão severamente impactadas por alagamentos de estações, unidades e sistemas da Corsan. Neste momento, junto com a região metropolitana, as regiões Nordeste (201 mil imóveis sem água em 25 municípios), Central (167 mil imóveis em 13 municípios) e Sinos (49 mil imóveis em 7 municípios) são as mais impactadas. No Planalto e no Pampa gaúchos, 12 municípios somam 16 mil famílias afetadas.

Até o momento, a Corsan mobilizou 55 caminhões-pipa e instalou 47 geradores para suprir a falta de energia elétrica nos sistemas operacionais em cidades onde foi possível, por acesso rodoviário, entregar os equipamentos. Além disso, a Companhia conseguiu concluir, no fim da tarde desta sexta-feira (3), a remoção de 359 famílias que viviam em áreas de risco das barragens sob alerta, em Santa Maria e Bento Gonçalves. Em parceria com o Exército, a Defesa Civil e governos locais e estadual, a Corsan retirou e realocou essas pessoas em abrigos seguros e hotéis da região.

Os problemas enfrentados pelas equipes da Corsan, que trabalham se revezando em regime de plantão, evidenciam a proporção das dificuldades enfrentadas pela Companhia para reparar estruturas do sistema de abastecimento de água em dezenas de cidades drasticamente afetadas pelas cheias. Os complicadores são diversos: alagamento das estruturas operacionais da Corsan, devido ao escoamento da água das cheias das bacias mais altas para as regiões mais baixas; a falta de energia elétrica, que interrompe sistemas de captação, tratamento e distribuição em diversos municípios; a grande quantidade de vegetação e destroços nas redes de captação; e a dificuldade de acesso a algumas localidades, tornando ainda mais complexa a realização de reparos.

MONITORAMENTO DE BARRAGENS
Em função das fortes chuvas, a Corsan intensificou o monitoramento e alerta nas 35 maiores barragens da Companhia. Nesta quinta-feira, foram emitidos alertas de emergência para as barragens de São Miguel e Barracão, em Bento Gonçalves, e Saturnino de Brito, em Santa Maria. A situação de ambas segue inalterada, e a Corsan já iniciou tratativas com o Exército e a Prefeitura de Bento Gonçalves para reparar a margem direita da Barragem Barracão.

Com equipe especializada para o serviço, o sistema está sendo atualizado, de hora em hora, ininterruptamente, com fotografias e vídeos realizados por drones. O objetivo é tomar medidas preventivas caso seja constatado qualquer dano às infraestruturas de abastecimento.

AÇÃO DE MERGULHADORES
Em Bento Gonçalves, a Companhia ampliou o time de mergulhadores que atuam na desobstrução das redes de captação que estão submersas e bloqueadas por vegetação e destroços, impedindo o funcionamento dos sistemas.

REFORÇO DAS EQUIPES
Equipes da Corsan foram reforçadas e atuam em regime emergencial para prestar o suporte necessário até que a situação seja normalizada. A empresa também se colocou à disposição das operadoras de energia para contribuir com o restabelecimento da normalidade dos serviços.

MEDIDAS EMERGENCIAIS
Sem energia elétrica, as bombas que impulsionam a água das estações de tratamento para residências e empresas não funcionam, causando o desabastecimento. Para garantir o funcionamento desses sistemas, a Corsan adota medidas emergenciais, quando possível, como a contratação de geradores para suprir a falta de energia elétrica e carros-pipa para o atendimento imediato à população.