Modernizar as estruturas de abastecimento nos municípios atendidos pela Corsan, com o uso de novas tecnologias, é uma das premissas da Companhia para qualificar os sistemas de produção, tratamento e distribuição de água. Uma das principais ferramentas utilizadas pelas equipes técnicas para auxiliar nas avaliações e desenvolver melhorias na operação dos serviços prestados aos clientes é a modelagem hidráulica — uma solução computacional que simula o comportamento das redes de distribuição de água.
O trabalho tem início em campo. Em cada cidade atendida, as equipes revisam e atualizam os cadastros das tubulações – informando dados como o diâmetro e local por onde a rede passa -, além de mapear os demais equipamentos do sistema, como registros, bombas, reservatórios, poços, estações elevatórias e os dados de consumo em diferentes horários do dia.
Essas informações são então integradas em um software de simulação, que representa virtualmente o sistema real de abastecimento de água. “Ele reúne dados como pressões, vazões, níveis dos reservatórios e consumos em tempo real, conectando-os ao modelo hidráulico. Assim, é possível testar digitalmente antes de executar intervenções no sistema real, permitindo prever problemas, avaliar cenários e aprimorar a operação”, explica Álvaro Prestes Ribeiro, coordenador de Modelagem Hidráulica da Corsan.
A partir do estudo gerado, as ações são aplicadas tanto em projetos – como o planejamento e a expansão das redes – quanto na operação diária, com o monitoramento e otimização dos processos. “Com softwares, é possível prever como a água circula no sistema, avaliando pressões, vazões, perdas de carga e o funcionamento de bombas e reservatórios”, detalha Álvaro. “A ferramenta serve para planejar expansões, identificar falhas, reduzir perdas e apoiar decisões técnicas e operacionais”, complementa.
Principais benefícios da tecnologia:
• Melhor planejamento de obras e investimentos;
• Redução de perdas de água e energia;
• Análise de pressões para garantir abastecimento de água adequado;
• Testes de manobras operacionais sem riscos ao sistema real;
• Apoio em situações de emergência (como falta de energia, rompimento de grandes tubulações ou recuperação do sistema durante eventos climáticos extremos).