Corsan divulga resultados do 3º trimestre de 2021

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Corsan divulga resultados do 3º trimestre de 2021
Corsan divulga resultados do 3º trimestre de 2021

A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) anunciou nesta terça-feira (16), por meio de teleconferência, os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2021 (3T21). O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Corsan, Douglas Casagrande, conduziu a apresentação.
De acordo com o diretor Douglas Casagrande, “entregamos mais um trimestre com desempenho operacional consistente e focado na adoção de medidas para preparar a Corsan para uma nova fase de sua história. Enquanto nossa receita apresentou crescimento de 16,2% no trimestre, mantivemos nossos esforços para melhorar a eficiência operacional da Companhia, apresentando uma Margem EBITDA Ajustada de 23,5%”.
Para acessar os resultados na íntegra, clique aqui.

Confira os destaques apresentados:

• Sanção da Lei 15.708/2021, que autorizou a desestatização da Corsan, inclusive por meio de IPO, e autoriza o Governo do RS a ceder – a título de incentivo – parcela do capital social (até 63 milhões de ações, o que corresponde a cerca de 10% do capital) aos municípios que firmarem aditivos contratuais com a Companhia para extensão de prazo até 2062 e adequação às metas de universalização trazidas pelo Novo Marco do Saneamento. A divisão da cessão de ações será proporcional à participação de cada município no faturamento total da Corsan.
• Prêmio LatinFinance de “Financiamento de Projetos e Infraestrutura” na categoria “Água e Saneamento” para a 4ª Emissão de Debêntures da Companhia.
• Atualização do Plano de Investimentos, com base em trabalho conduzido pela consultoria Alvarez & Marsal. Os investimentos projetados para a universalização dos serviços passam para R$ 11,1 bilhões até 2033, sendo estimados 59% para expansão de esgoto, 28% para expansão da rede de água, e 13% para manutenção das redes em operação.
• Divulgação da Base de Ativos Regulatórios (BAR) líquida, apurada pela Deloitte com metodologia de Valor Novo de Reposição, de R$ 6,9 bilhões na data-base de 31 de março de 2020.
• Firmatura de aditivos contratuais com os Municípios de Bento Gonçalves, Balneário Pinhal, Imbé, Viamão e Tramandaí, e protocolos de intenções com Esteio, Gravataí, Nova Petrópolis, Santa Maria e Lagoa Vermelha. Esses 10 importantes municípios do Rio Grande do Sul representam, somados, cerca de 22% do faturamento da Companhia.
• Proposta de não aumento real nas tarifas de água e esgoto até 2027, com a aplicação apenas da variação anual do Índice Nacional de Preços Amplo (IPCA) entre os anos de 2022 e 2026. A partir de 2028, a metodologia para definição dos reajustes tarifários anuais será determinada observando as normas de referência a serem emitidas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
• Início do movimento Água 360º, que tem como objetivo ampliar a visão sobre a água e é também um convite ao cuidado com esse bem essencial para todos na busca pela sustentabilidade hídrica e com a participação da sociedade. O programa estabelece 4 eixos de atuação: Cuidado 360º, Educação 360º, Turismo 360º e Serviços 360º.
• A Receita Líquida evoluiu para R$ 777 milhões no 3T21, excluídas as receitas de construção, + 16,2% com relação ao 3T20. As receitas de água cresceram 13,3% e as receitas de esgoto aumentaram 19,8% no período.
• O EBITDA Ajustado avançou +1,1% no trimestre, atingindo R$ 182 milhões. A Margem EBITDA registrou 23,5%, -3,5 p.p. em comparação com igual período de 2020.
• A Alavancagem Financeira foi de 0,60x, medida pela relação dívida líquida/EBITDA Ajustado últimos 12 meses. A Alavancagem Total registrou 2,10x, calculada pelo índice (dívida líquida + outras dívidas)/EBITDA Ajustado UDM.
• O Lucro Líquido Ajustado foi de R$ 97 milhões, -1,0% ante os R$ 98 milhões registrados no 3T20. A margem líquida ajustada de 12,4% no trimestre, -2,2 p.p. com relação a igual período de 2020.
• O número de economias atendidas com água apresentou um aumento de 1,7% em comparação com o 3T20, atingindo a marca de 3,02 milhões. As economias atendidas com coleta e tratamento de esgoto cresceram 9,4%, atingindo 521 mil – refletindo os investimentos e esforços para expansão da rede.
• O volume faturado total atingiu 73,7 milhões de m³, um aumento de 2,0% em relação ao 3T20. O volume faturado de água apresentou um crescimento de 0,5% e está relacionado ao crescimento orgânico. O volume faturado de esgoto apresentou crescimento de 10,7% em comparação com o 3T20 – refletindo novamente a ampliação da cobertura nos municípios atendidos pela Corsan.
• A receita operacional líquida atingiu R$ 777,1 milhões, um aumento de 16,2% em relação ao 3T20. Os reajustes tarifários aplicados no período, em outubro de 2020 e julho de 2021, além do crescimento orgânico de economias de água e de esgoto, explicam a variação.
• Os custos e despesas, descontados os efeitos da amortização e depreciação, custos de construção e eventos não recorrentes, totalizaram R$ 594,6 milhões, um aumento de 21,8% em comparação com o 3T20. O incremento de R$ 106,3 milhões nos custos e despesas nesse trimestre decorreu, principalmente, da variação dos custos e despesas com pessoal e do aumento nos preços de materiais e nas tarifas de energia elétrica.
• O EBITDA Ajustado foi de R$ 182,5 milhões, um aumento de 1,1% em comparação com o 3T20, excluindo eventos não recorrentes. A Margem EBITDA do 3T21 ficou em 23,5%, 3,5 p.p. abaixo da mesma linha no 3T20. O aumento do EBITDA Ajustado é resultado do crescimento de 16,2% da receita operacional líquida, impulsionada pelos reajustes tarifários ocorridos no período. A elevação mais do que compensou o aumento dos custos e despesas (21,8%).
• O Indicador de Inadimplência 180 dias foi de 5,9%. O aumento, em 2020 e 2021, está atrelado aos efeitos da pandemia de Covid-19 (incluindo a suspensão temporária de cortes nos municípios atendidos). O Índice de perdas na distribuição foi de 42,8% (indicador SNIS IN049).
• O Lucro Líquido, excluindo eventos não recorrentes, foi de R$ 96,7 milhões, -1% em comparação com o 3T20. A Margem Líquida ficou em 12,4%, uma redução de 2,2 p.p.
• Em relação ao Capex, no período acumulado de 12 meses findos no 3T21 a Companhia realizou R$ 438 milhões em investimentos, um aumento de R$ 63 milhões em comparação com o ano anterior.
• A dívida bruta da Companhia atingiu R$ 1,1 bilhão no 3T21, um aumento de R$ 538,2 milhões com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, em função, principalmente, da emissão de debêntures. O saldo de caixa e equivalentes somou, em 30/09/2021, R$ 604,7 milhões, aumento de R$ 365,4 milhões em comparação com a mesma data do ano passado. Essa variação é também explicada pela captação via emissão de debêntures. Pelo fato de a natureza do passivo da Companhia não ser de origem meramente financeira, foi criado, para fins de análise, o indicador Alavancagem Total, que inclui dívidas não financeiras e reflete de maneira mais realista a situação das obrigações da Companhia. O indicador, medido pelo índice Dívida líquida e Outras Dívidas/EBITDA Ajustado UDM, registrou 2,10x em 30/09/2021, ante 2,08x na mesma data do ano anterior, principalmente em função da elevação da Dívida Líquida financeira. A alavancagem financeira da Companhia, medida pelo índice Dívida Líquida/EBITDA Ajustado UDM, aumentou em relação ao mesmo período do ano anterior e está em 0,60x. No período encerrado em 3T21, a dívida de curto prazo da Companhia representa 10,6% do endividamento total e 19,7% do saldo de caixa e equivalentes. Atualmente, a dívida financeira da Corsan está atrelada majoritariamente ao IPCA, e 89% do endividamento financeiro está no longo prazo.
• Em outubro de 2021, o Conselho de Administração da Corsan aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 1,3 bilhão, correspondente à porção controversa do Crédito da Imunidade Tributária, que pende de expedição de precatório. A liquidação dos dividendos se dará por meio de cessão da posição processual, isto é, transferência do direito ao recebimento integral do crédito ao Acionista Controlador – não tendo efeito caixa.